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SPLASH

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Sica afirma que não recebeu um “cheque em branco” e nem pediu “1 bilhão de dólares”. Todavia, a boa vontade financeira da plataforma de streaming permitiu a entrega de cenas super-produzidas, como a reprodução da corrida de Mônaco em 1984 e o momento lendário em que Senna retirou as fitas adesivas da entrada de ar do radiador com as próprias mãos durante a última corrida da Fórmula 3.

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Assim como boa parte das provas encenadas na produção, as cenas gravadas em pista da corrida icônica no Brasil foram rodadas na Argentina, e passoaram por um extenso processo de reconstituição digital 

para dar vida a arquibancadas e cenários mais próximos aos originais. “O ponto mais icônico é o S do Senna. A gente encontrou o desenho e o formato dele em Buenos Aires, então o S foi onde a gente

 encontrou o desenho e o formato dele em Buenos Aires, então o S foi onde a gente trabalhou bastante”, detalha Siqueira

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Quando foi convidado por Amorim e os Gullane para entrar para o time de "Senna" em 2022, Sica seria líder de VFX e assumiu a função de produtor e de codiretor da célebre Segunda Unidade. Com vasta experiência na área, ele encarou o novo desafio de, mais que efeitos mirabolantes, trabalhar em equipe para dar veracidade e emoção a cenas antológicas da carreira do piloto brasileiro

"O drama na pista também precisa ser muito bem representado. Então, para poder representar esse drama, a gente tem uma combinação tanto de uma performance ao vivo como para buscar a expressão dos atores e para ter os close ups. É tudo muito mais perto. A gente vai para um outro mundo, que é o mundo da Virtual Production e do Volume Capture, que é onde a gente recria o mundo do Virtual Production, que tem um painel de LED atrás onde a gente está num super close up", explicou Sica

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E aqui eu preciso citar dois pontos que fizeram toda diferença no resultado final: o trabalho de composição em CG, dos carros aos autódromos, feito sob a supervisão do craque Marcelo Siqueira - sério, é coisa de Hollywood! Além disso, a montagem da minissérie, utilizando diversos planos com aquelas câmeras mais dinâmicas, criativas, e closes realmente intensos, olha, coloca a audiência no cockpit junto com o piloto - sem brincadeira, não deixa nada a desejar perante o trabalho do Andrew Buckland e do Michael McCusker que ganharam o Oscar de Montagem por "Ford vs. Ferrari". 

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Já para viver a emoção, basta acessar a Netflix e conferir a sincronia perfeita entre o trabalho dos Crespi e de Monte, o de Marcelo Siqueira, supervisor de efeitos visuais e diretor de segunda unidade, e o de Javier Lambert, coordenador de ação. Isso tudo, claro, sem contar o de Julia Rezende e do showrunner e diretor Vicente Amorim, além o das figurinistas Cris Kangussu e Luíza Fardin, pois os detalhes dos macacões e capacetes foram também cruciais para a veracidade das cenas de competição.

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Mas ainda assim foi preciso uma alta dose de computação gráfica. Marcelo Siqueira, supervisor da área em "Senna", conta que a primeira coisa que fez quando embarcou no projeto foi comprar um óculos de realidade virtual para jogar games de corrida e, assim, se familiarizar com a perspectiva de um piloto.

Seu maior desafio foi a velocidade. Os carros em cena cobriam vastas quilometragens em poucos segundos, o que limitava o uso de espaços físicos reais. Siqueira e sua equipe, então, trabalharam com a técnica de "set extension" —ou seja, eles ampliaram as pistas e arquibancadas gravadas in loco depois, virtualmente.

Foram cerca de mil profissionais de efeitos especiais, espalhados por empresas de países como Índia, China, Estados Unidos e Canadá, num enorme intercâmbio de conhecimento e tarefas. Elas produziram, junto com escritórios brasileiros, pelo menos 1.600 planos de efeitos especiais.

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A unidade de performance (segunda unidade) teve direção de Cory Geryak, Marcelo Siqueira e Rodrigo Monte. Essa unidade foi responsável pelas corridas em velocidade, bem como plano detalhes durante toda a produção nos autódromos da Argentina e também pela unidade de virtual productionfilmada no Brasil

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“A tecnologia de produção virtual é algo que a gente já usa há algum tempo, mas não com essa complexidade”, explica Marcelo Siqueira, um dos chefes desse setor da produção.

Exemplo disso, as cenas de corrida são uma conjunção de três camadas: parte delas foi gravada na pista, com pilotos de verdade. Depois, takes detalhados, como as trocas de marcha,

pisadas no freio e giros do volante, foram filmados em estúdio

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Marcelo Siqueira, o Sica, especialista em pós-produção e efeitos visuais, sócio-diretor da Mistika Post, foi convidado pelo showrunner Vicente Amorim e pela produtora Gullane em 2022 para liderar o time de VFX (efeitos visuais) da série "Senna", que estreia na Netflix em novembro deste ano, assumindo as funções de produtor e supervisor de VFX. 

Na medida em que o projeto foi avançando, sua participação aumentou, e ele assumiu a direção da segunda unidade ao lado dos diretores Cory Geryak (diretor de fotografia de "Ford vs. Ferrari" e "Missão Impossível") e Rodrigo Monte (diretor da série "Da Ponte pra Lá", que conta com a produção executiva de Amorim). No caso deste projeto, a segunda unidade, que foi chamada de unidade de performance, era responsável por todas as cenas de carros na pista e tudo o que envolvesse corrida.

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